sábado, 15 de dezembro de 2012

O Desfavor do Clero para a sociedade

Religião e fé são conceitos que podem variar para cada indivíduo. Independente de qual seja sua visão sobre o tema, de maneira geral elas são usadas por alguns membros do clero para atingir objetivos pessoais do indivíduo. Onde o sagrado e o humano se misturam e muitas vezes não percebemos. As metas da pessoa tornam-se metas de Deus e envolvem uma comunidade inteira para alcançá-la.
Esta semana assisti a um filme que me pôs a pensar e lembrou-me as Guerras Santas no Oriente Médio, as Cruzadas, a Catequese dos indígenas e outras tantas atrocidades com motivações humanas e falseadas como divinas. O filme é "Alexandria" ("Ágora" título original) que narra a história de uma filosofa em Alexandria e mostra seu glorioso tempo  no império romano e o maior tesouro do mundo antigo, sua biblioteca. Nossa heroína vive em um ambiente de intolerância religiosa. Ora os cristãos contra os pagãos, ora os cristãos contra os judeus. Nesses atritos sanguinários a biblioteca em sua grande parte foi perdida e o conhecimento esquecido. Imaginem as possibilidades se este conhecimento não houvesse queimado nas fogueiras cristãs. Como seria nosso mundo hoje se não precisássemos resolver problemas os quais já haviam soluções?
A intolerância religiosa não está na religião em si mas nos indivíduos que a compõem principalmente seus lideres ou clero. O clero tem uma necessidade de subjugar os demais que pensam diferente não para difundir suas crenças mas para aumentar seu poder. Quanto mais seguidores maior a massa para dominação.
Posso afirmar que o cristianismo não foi criado por Jesus. Ele não construiu templos, pregou o amor e a tolerância. Sem dúvida foi o maior comunista pois foi o primeiro a pregar a igualdade entre os homens. Depois vem os cristãos e dizem que comunismo é coisa do demônio, que só serão salvos os que frequentarem seu templos e que tudo que for contrario ao seu pensamento é errado.
Procuro ser critico quanto a religião. Em um desenho que assisti sobre a vida de Jesus ele sempre começava suas parábolas com a expressão: " Ouçam, os que tem ouvido." Ele não obrigava ninguém a ouvir suas parábolas, nem os amaldiçoava. Mas por que até hoje os cristãos não estão O ouvindo? Como cantava a Legião Urbana " Lembre-se sempre que Deus está do lado de quem vai vencer."

P.S.: Vale a pena assistir ao filme, muito bom. Interessante perceber a posição da mulher na sociedade da época e a condição de submissão total proposta pelo cristianismo.



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Momento de Humor

Essa é meio geek mas... Navegava no Facebook e vi uma daquelas montagens da reação que o cálculo diferencial e integral causa nas pessoas. Resolvi ler os comentários e achei um mais hilário que a piada. Vou postar o print screen para vocês. Quem já cursou cálculo vai chorar de rir.
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sábado, 26 de maio de 2012

Terceirização e Servidão.

Quanto maior uma empresa mais difícil é de administrá-la. Dessa lógica simplista nasceu a terceirização de serviços. Seria mais ou menos assim, tenho uma loja virtual que vende pela internet e entrega em casa. Por que montar uma logística de entregas e perder o foco do negócio se existem empresas que fazem entregas em todo o Brasil como os Correios? Portanto deixando outra empresa cuidar das entregas posso concentrar-me nas vendas que é o objetivo da minha empresa.
Com a Globalização muitas empresas desvirtuaram o conceito de terceirização. Algumas grandes marcas começaram a terceirizar parte ou toda a produção de seus produtos em países estrangeiros onde as leis são mais permissivas, carga tributária menor e mão de obra mais barata. Como a gigante Nike que produz calçados na Argentina e Filipinas mas é uma marca Norte-Americana.
A servidão é uma relação de trabalho típica da idade média. Algumas pessoas dizem que a servidão é pior que a escravidão e em parte concordo. O servo trabalhava nas terras dos senhores feudais para arrendar parte da terra para sua subsistência. Portanto ele tinha que tirar seu próprio sustento da sua terra ao contrário dos escravos que também não tinham remuneração mas eram alimentandos pelo seu senhores. E segundo a revista ISTOÉ algumas empresas trouxeram este conceito camponês medieval para o século XXI. Adaptaram a terceirização de serviços para aferirem mais lucros ainda. Muitas confecções em Goiânia seguem este mesmo modelo da grife Gregory. Dividem a produção em etapas e distribuem-as entre seus "colaboradores" e pagam uma ínfima parte do valor total para os produtores. A diferença clara para mim com a servidão é que os meios de produção eram de propriedade dos senhores feudais e hoje os próprios explorados são donos das máquinas. Este modelo difere com a terceirização pois nela o terceirizador designa a outra empresa especializada parte do seu trabalho e a empresa terceirizada cobra pelo serviço o valor que lhe convir. Nesta prática escravocrata a empresa lida com pessoas físicas diretamente e a remuneram o quanto mal entenderem. Foi uma prática criada para eximir as empresas de arcar com encargos trabalhistas.
Alheia a estas práticas a bancada ruralista ( a mesma que acabou com o código florestal) da câmara adia esta discussão pois não querem tratar da situação dos seus cortadores de cana e carvoeiros. E você o que acha disso?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

RSS: O conteúdo vai até você

Se você leu este título e não o entendeu recomendo fortemente a leitura deste texto RSS: O conteúdo vai até você - Blog do Mitre  de autoria do João Felipe Mitre. Talvez você ache o texto um pouco extenso mas acredite traz informações sobre feeds bastante relevantes e de forma resumida (o tema pode se estender muito facilmente).

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Mundo que chega Cecília



Hoje, aos dezenove dias do mês de março, vivencie um dos maiores (senão o maior) e melhores momentos acontecimentos na vida de um casal. Hoje nasceu minha filha. A agonia da espera na recepção por notícias ao clímax de interagir e conhecer aquela pequena neófita. Como é bom vê-la movendo os membrozinhos ou dormindo, constatar que é sadia e como potente e bela é sua voz. E que bebê bonito, poderia a pequena ser modelo de fraldas tamanha a formosura. A sensação de embalá-la e vê-la reagir ao toque e ao som da nossa voz é indescritível.
Todavia babei demais minha princesa e voltarei ao tema deste post. Que mundo construímos para nossos filhos? Este legado que deixamos para nossos filhos, será ele melhor do que recebemos de nossos pais?
Porque temos a obrigação de entregarmos o mundo melhor do que recebemos. Sou otimista ao avaliar o mundo atual e o seu futuro pois a humanidade tende a evoluir e com ela o planeta. Nasci em 1983, no fim da ditadura militar do Brasil. Não sofri perseguições políticas pois quando passei a defender minhas posições já havia a liberdade de expressão no país. Entretanto sofri as auguras da má administração econômica do passado: a superinflação. Não me recordo da constituinte de 1988. Mas pintei minha cara e gritei a plenos pulmões "fora Collor" e inauguramos um novo dispositivo constitucional democrático: o impeachment. Mesmo sem saber ao certo o que isso significado e suas consequências. Anos mais tarde me entristeci ao descobrir que fui usado como massa de manobra pela mídia e que os ilícitos cometidos pelo então presidente ainda são práticas comuns na política nacional. Infelizmente hoje vivemos a beira do apocalipse ambiental: emissões elevadas de carbono, desmatamentos, extinção de espécies, desequilíbrio de biomas, buracos na camada de ozônio, derretimento das calotas polares, aquecimento global...
No Rio de Janeiro em 1992 aconteceu a Eco-92. Foi uma convenção mundial para tratar de temas ambientais e estabelecer metas aos governos de preservação. Um item que me recordo era o buraco na camada de ozônio e o uso dos cloro-flúor-carbonos (CFC's). Usados amplamente em sprays e gás refrigerante em geladeiras e ar-condicionados. Uma batalha vencida pois foram substituídos por formulas menos poluentes. Hoje, quando compro um desodorante e vejo o selo de que aquele produto não contem CFC's e não agride a camada de ozônio tenho esperanças.
Tenho que citar que em 2010 elegemos uma mulher presidente da República Federativa do Brasil pela primeira vez na história. Se foi a escolha mais acertada (votei na Marina Silva no 1º turno) não é possível dizer ainda mas sem dúvida é uma enorme conquista para as mulheres que até 1928 não votavam, mesmo sem haver nenhuma proibição legal para isso.
Minha filha nasce em um mundo em que mulheres ocupam posições de destaque e são muito exigidas por isso. A jornada da mulher é dupla como trabalhadora capitalista e do lar. Entretanto não será no feminismo sua luta. Espero que minha filha consiga me superar e fazer o que ainda não fui capaz. Mas este é um discurso para outra oportunidade.
Saudações leitores.