Árvores Urbanas

Uma cidade arborizada é uma cidade com qualidade de vida. Não tenho nada contra essa premissa, entretanto algumas árvores causam alguns transtornos em ambientes urbanos. Também não tenho nada contra elas, pelo contrário, sou o tipo de pessoa que gosta de pisar descalço na terra/grama para trocar energias com a mãe natureza. Sou totalmente "natureba" e procuro ser ecologicamente correto.
Acontece que árvores são plantadas sem nenhum estudo de impacto ambiental. O EIA (estudo de impacto ambiental) geralmente é feito quando pretende-se arrancar a vegetação, mas deve-se realizar um EIA/RIMA (relatório de impacto no meia ambiente) todas as vezes que o ser humano pretende modificar o meio. Mudamos o meio em que estamos a todo momento, em alguns casos basta apenas uma reflexão com os possíveis impactos gerados por aquela mudança. Quanto maior a abrangência da mudança maior deve ser a discussão em torno do tema.
Vamos ao exemplo da árvore conhecida como "7 copas". Ela é uma árvore do tipo caducifolha (perde suas folhas no inverno). É uma rara beleza entretanto possui muitas folhas e deposita muita matéria orgânica em nossas casas/ruas. Essas folhas possivelmente serão queimadas. Não pretendo nem discutir a contribuição para o efeito estufa dessa prática pois creio que para os leitores desse blogue nem seja necessário. Alguns podem contra-argumentar que a quantidade é irrelevante quando comparados a fábricas, automóveis ou outro grande emissor de carbono. A sabedoria popular é conhecida "é de grão em grão que a galinha enche o papo". Quero me concentrar em outro aspecto esse com relacionamento mais direto e de curto prazo. O inverno em Goiás é muito seco e as queimadas de folhas agravam ainda mais a baixa humidade. Favorecendo o aparecimento de doenças respiratórias e criando crises em quem as possuí. Isso aumenta o número de pessoas nos CAIS e postos de saúde das cidades.
Fica a minha sugestão para pensarmos bem antes de plantarmos uma árvore na via pública.