segunda-feira, 19 de março de 2012

O Mundo que chega Cecília



Hoje, aos dezenove dias do mês de março, vivencie um dos maiores (senão o maior) e melhores momentos acontecimentos na vida de um casal. Hoje nasceu minha filha. A agonia da espera na recepção por notícias ao clímax de interagir e conhecer aquela pequena neófita. Como é bom vê-la movendo os membrozinhos ou dormindo, constatar que é sadia e como potente e bela é sua voz. E que bebê bonito, poderia a pequena ser modelo de fraldas tamanha a formosura. A sensação de embalá-la e vê-la reagir ao toque e ao som da nossa voz é indescritível.
Todavia babei demais minha princesa e voltarei ao tema deste post. Que mundo construímos para nossos filhos? Este legado que deixamos para nossos filhos, será ele melhor do que recebemos de nossos pais?
Porque temos a obrigação de entregarmos o mundo melhor do que recebemos. Sou otimista ao avaliar o mundo atual e o seu futuro pois a humanidade tende a evoluir e com ela o planeta. Nasci em 1983, no fim da ditadura militar do Brasil. Não sofri perseguições políticas pois quando passei a defender minhas posições já havia a liberdade de expressão no país. Entretanto sofri as auguras da má administração econômica do passado: a superinflação. Não me recordo da constituinte de 1988. Mas pintei minha cara e gritei a plenos pulmões "fora Collor" e inauguramos um novo dispositivo constitucional democrático: o impeachment. Mesmo sem saber ao certo o que isso significado e suas consequências. Anos mais tarde me entristeci ao descobrir que fui usado como massa de manobra pela mídia e que os ilícitos cometidos pelo então presidente ainda são práticas comuns na política nacional. Infelizmente hoje vivemos a beira do apocalipse ambiental: emissões elevadas de carbono, desmatamentos, extinção de espécies, desequilíbrio de biomas, buracos na camada de ozônio, derretimento das calotas polares, aquecimento global...
No Rio de Janeiro em 1992 aconteceu a Eco-92. Foi uma convenção mundial para tratar de temas ambientais e estabelecer metas aos governos de preservação. Um item que me recordo era o buraco na camada de ozônio e o uso dos cloro-flúor-carbonos (CFC's). Usados amplamente em sprays e gás refrigerante em geladeiras e ar-condicionados. Uma batalha vencida pois foram substituídos por formulas menos poluentes. Hoje, quando compro um desodorante e vejo o selo de que aquele produto não contem CFC's e não agride a camada de ozônio tenho esperanças.
Tenho que citar que em 2010 elegemos uma mulher presidente da República Federativa do Brasil pela primeira vez na história. Se foi a escolha mais acertada (votei na Marina Silva no 1º turno) não é possível dizer ainda mas sem dúvida é uma enorme conquista para as mulheres que até 1928 não votavam, mesmo sem haver nenhuma proibição legal para isso.
Minha filha nasce em um mundo em que mulheres ocupam posições de destaque e são muito exigidas por isso. A jornada da mulher é dupla como trabalhadora capitalista e do lar. Entretanto não será no feminismo sua luta. Espero que minha filha consiga me superar e fazer o que ainda não fui capaz. Mas este é um discurso para outra oportunidade.
Saudações leitores.