Vi uma campanha publicitária, na TV a cabo, de uma divisão da Virgin "sem fins lucrativos" que apoia a ONG Conservation International. Ela tem um site o http://conservation.org. O site é muito bonito, bem acabado e o trabalho desenvolvido pela ONG parece muito bom. Todavia não escrevo este post com o intuito único de divulgar a Conservation International. Pretendo criticar a Virgin e a uma mentalidade que parece predominar nas grandes potências sobre as emissões de carbono. Não entendeu ainda? Continue lendo que tudo ficará claro.
No intervalo comercial aparece um dado interessante: 38% da emissão de carbono do planeta provém do desmatamento das florestas. Equivale a emissão de carbono dos Estados Unidos e China juntos. Ficou claro para mim a mensagem deixada: "Ei, não somos o maior emissor de carbono do planeta, a culpa é do desmatamento em todos os outros países. Então não precisamos diminuir nosso consumo basta contribuir com uma ONG que preserva as florestas fora do E.U.A. e estaremos fazendo nossa parte." A solução é bastante conveniente, os Americanos não precisam mudar a América pois ajudamos o resto do mundo com seus problemas.
Vejo a questão por outra perspectiva, simplista e prática. A emissão de carbono está ligada ao consumo. Existem produtos que consumimos que fixaram carbono e outros que liberaram carbono para serem produzidos. Exceto os vegetais, tudo o que é fabricado ou processado libera carbono. Há ainda as embalagens e o translado de mercadorias que produzem lixo e mais carbono livre. Resumindo tudo o que compramos e consumimos produz lixo e liberou carbono de alguma maneira na atmosfera. Evitar o desperdício então é uma medida que faz bem ao seu bolso e ao planeta. O consumo consciente dos recursos em massa nos EUA talvez gere uma recessão. A economia americana é baseada no consumo do desperdício. Os interesses do EUA estão na frente dos interesses do planeta? Sim, embora não devesse ser assim.
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